Hipersecreção respiratória
AVALIAÇÃO INICIAL
· Avaliar possíveis causas, como, por exemplo, falência cardíaca e infecções respiratórias
· O acúmulo de secreções nos últimos dias de vida são comuns devido a problemas de deglutição, a redução da mobilidade e a dismotilidade ciliar. Frequentemente a situação é extremamente desconfortável para os familiares por ouvirem os sons produzidos pelo paciente
MANEJO NÃO FARMACOLÓGICO
· Elevar decúbito. Reposicionar o paciente de 3 a 4 horas de modo confortável favorecendo a mobilização de secreções e facilitando a respiração e deglutição.
· Realizar higiene oral e da prótese dentária, se houver, para facilitar a deglutição ou diminuir a quantidade de secreção em cavidade oral.
· Pesar a real necessidade de aspiração das vias aéreas já que se trata de um procedimento doloroso, causando desconforto.
· Se estiver recebendo fluido intravenoso verificar se não está exacerbando a situação
MANEJO FARMACOLÓGICO
· Prescrever um anticolinérgico que irá diminuir a produção de secreção, porém não será capaz de aumentar a eliminação
· Butilbrometo de Escopolamina (Hioscina): 10-20mg até 4x/dia SC ou IV quando necessário (max. 120mg/dia)
· Colírio de Atropina: pingar 2 gotas na cavidade oral a cada 6-12h (conforme resposta)
· Em pacientes que estejam nas últimas horas de vida com grande desconforto pelo acúmulo de secreção, considere sedação paliativa a partir de outros medicamentos com maior efeito anticolinérgico, como, por exemplo, a clorpromazina (é mais eficiente para diminuir secreções e mais indicada que o haloperidol nas últimas horas de vida)